Transporte público para a UnB e o IFB é tema de debate em audiência pública na CLDF

Com o auditório lotado, Comissão de Transporte realizou uma ampla discussão sobre o transporte coletivo nas instituições

Na manhã desta segunda (3), a Comissão de Transporte de Mobilidade Urbana (CTMU) da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), realizou uma audiência pública sobre o transporte público coletivo para a UnB e o IFB. Na ocasião, o presidente e o membro do colegiado, os deputados distritais Max Maciel e Fábio Felix, realizaram uma ampla discussão com representantes da UnB e do IFB, do Diretório Central do Estudantes da UnB, do Movimento Passe Livre do DF, do Ministério Público, da Secretaria de Transporte e Mobilidade do DF e com diversos estudantes das instituições.

O presidente da CTMU, o deputado distrital Max Maciel (PSol), iniciou o evento destacando a importância da audiência pública na coleta de informações para apontar soluções e melhorias no transporte para essas instituições e ressaltou outras medidas que estão sendo tomadas pela Comissão de Transporte. “Vamos solicitar aos IFs os dados das linhas, horários e onde mora a maioria dos estudantes. Com os dados em mãos, vamos apresentar um relatório para a Secretaria de Transporte e as empresas de ônibus para propor melhores caminhos, rotas e horários de fato eficientes para os estudantes”, afirmou o parlamentar.

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Já o membro da Comissão de Transporte, o deputado distrital Fábio Felix (PSol), também ressaltou a importância da audiência pública em ouvir quem realmente vive a realidade do transporte público na cidade. “Temos diversas autoridades aqui presentes e todo mundo precisa ouvir. Precisamos desse momento de escuta qualificada para que isso possa gerar melhorias no transporte público da nossa cidade. O transporte público não é feito para as empresas ganharem dinheiro, mas é feito para que as pessoas tenham direito à cidade. Esse é o modelo de transporte público que vamos defender”, disse o parlamentar.

Ampliação do Passe Livre Estudantil

Diversos presentes na audiência pública destacaram a importância da ampliação do passe livre estudantil. A reitora do Instituto Federal de Brasília (IFB), Luciana Massukado, ressaltou que estudante é estudante os 365 dias do ano. “Ninguém é urso para ficar hibernando nas férias ou nos domingos. Quando a gente fala do direito à cidade, a gente fala também do direito de viver à cidade”, afirmou a reitora.

Já o chefe de gabinete da reitoria da Universidade de Brasília (UnB), o professor Paulo César, também defendeu a ampliação do passe livre. “O sistema de transporte como se constitui hoje é uma barreira ao exercício da cidadania, do acesso à cultura, à educação e à saúde. Frequentar biblioteca, teatro e cinema também é parte da formação do estudante.  O passe livre estudantil precisa garantir a plena formação dos nossos estudantes”, disse o professor.

Outras demandas levantadas durante a audiência pública, além da ampliação do passe livre estudantil nas férias e fins de semana, são as frotas diretas das regiões administrativas do Distrito Federal para a UnB e o IFB, a volta do intercampi na UnB e estender o passe livre para alunos do Entorno que estudam no DF.

Números do transporte no DF

Márcio Antônio, subsecretário de operações da Secretaria de Transporte e Mobilidade do DF, destacou alguns números durante a audiência pública. “Mais de 6 milhões de estudantes utilizam o transporte público mensalmente. Isso representa um fluxo diário de mais de 263 mil acessos. Nós temos mais de 250 viagens por dia da rodoviária do Plano Piloto para a UnB”, afirmou o subsecretário.

Mesmo com a maioria dos presentes defendendo a criação de linhas diretas das RAs para a UnB, o subsecretário afirmou que não tem demanda para isso. “Temos que estudar a criação de linhas diretas das RAs para a UnB a partir dos dados que forem levantados. Eu não tenho demanda que viabilize a criação de linhas diretas. Isso é oneroso para o sistema”, disse Márcio Antônio.

Fotos: Priscilla Castro e Luan H Bastos

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