Violência contra a mulher: o feminicídio no Brasil e no DF

Na sessão desta quarta-feira (15), o vice-presidente da CLDF o deputado Ricardo Vale (PT) fez questão de enfatizar e parabenizar a importância do vídeo exibido pela deputada distrital Jane Klébia, na sessão plenária desta tarde, que mostra a triste realidade dos feminicídios no Brasil.
Na maioria dos casos, o episódio de violência fatal é precedido por violências anteriores que se perpetuam até o assassinato.
O deputado fez questão de lembrar que _“infelizmente essa é a realidade que estamos vivendo no Distrito Federal, precisamos levar para as escolas a lei que obriga a promoção de ações de valorização das mulheres e de combate ao machismo, embora a lei de número 5.806 esteja em vigor desde 2017, ela não é aplicada na prática. Afinal sem a participação de toda a sociedade, especialmente dos homens, não se combate a violência.”_
A quantidade crescente de mulheres assassinadas no DF em pouco menos de dois meses deste ano preocupa os especialistas, já foram contabilizados seis feminicídios até o momento.
_“Temos que começar um trabalho de discussão e conscientização desde a escola”,_ continuou o distrital.
Muitas dessas mortes poderiam ser evitadas se a violência contra as mulheres não fosse banalizada e tolerada, sobretudo pelas instituições que têm o dever de agir nestes casos.
O deputado pontuou a importância da regulamentação da lei, que é de sua autoria, pelo Governo do DF para que as escolas desempenhem de forma mais atuante o seu papel de combate ao machismo estrutural.

Histórico –
Casos de feminicídio em 2023 no DF

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• O caso mais recente de feminicídio ocorreu nesta segunda (13). Uma mulher morreu após ser esfaqueada pelo ex-marido, no Gama.
O homem, identificado como João Alves Catarina Neto, de 45 anos, foi detido e levado à delegacia. A vítima não teve o nome divulgado.
Outras cinco mulheres também morreram pelo mesmo crime este ano; veja quem são:

1º de janeiro
Fernanda Letícia da Silva, de 27 anos, morreu após ser enforcada pelo namorado, em Ceilândia. Maxweel Lucas Rômulo Pereira, 32 anos, confessou o crime para parentes que também estavam na casa e fugiu. Ele se entregou à polícia no dia seguinte e foi preso.

2 de janeiro
Miriam Nunes, de 26 anos, foi encontrada morta com sinais de enforcamento em casa, em Ceilândia. Ela morava com o companheiro e a filha deles, recém-nascida. André Luiz Muniz é suspeito do crime e fugiu do local.

17 de janeiro
Jeane Sena da Cunha Santos, de 42 anos, foi morta dentro de casa, no Park Way. Depois de matar Jeane, o companheiro, João Inácio dos Santos, de 54 anos, se suicidou. Segundo a polícia, ele já tinha passagens por disparo de arma de fogo, violência doméstica e diversas desobediências à medidas protetivas.

19 de janeiro
Giovana Camilly Evaristo Carvalho, de 20 anos, foi morta com dois tiros no rosto pelo namorado, durante uma discussão, em Ceilândia. Wellington Rodrigues Ferreira, de 38 anos, chegou a fugir do local, mas foi localizado pela Polícia Militar momentos depois, sob forte influência de drogas.

5 de fevereiro
Izabel Aparecida de Sousa, de 37 anos, morreu com um tiro no rosto, disparado pelo ex-companheiro Paulo Roberto Moreira Soares. O crime aconteceu em frente à filha do casal, de 8 anos. Paulo Roberto ficou foragido por dois dias, antes de se entregar à polícia.

Como e onde denunciar violência contra mulheres?
A Secretaria de Secretaria de Segurança Pública do DF (SSP) tem canais de atendimento que funcionam 24h. As denúncias e registros de ocorrências podem ser feitos pelos seguintes meios:
• Telefone 197
• Telefone 190
• E-mail: denuncia197@pcdf.df.gov.br
• Delegacia eletrônica
• Whatsapp: (61) 98626-1197

Fonte: Correio Braziliense
Serviço: Ascom – Maria Paula de Andrade
Email: ascomricardovale@gmail.com

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