Administração de Brasília Participa de Audiência Pública na noite desta segunda-feira (10)

A Administração Regional do Plano Piloto (RA – PP) compôs a mesa organizadora da audiência pública que ocorreu na noite desta segunda-feira (10), e tratou sobre ocupações irregulares, em espaços públicos de Brasília, pela população em situação vulnerável. As tratativas foram realizadas no Plenário da CLDF.

Sobre o mesmo assunto, a Administração Regional de Brasília já havia realizado reunião mantida no dia 6 de março. Na ocasião foram discutidos temas como:  o crescimento acelerado da invasão nas quadras 908, 909 e 910 Norte; a importância de remanejamento dos atendimentos do centro POP e CAPS; a criação de políticas públicas para catadores autônomos, entre outros assuntos. Em tempo, surgiu a necessidade de solicitar a deputados distritais e federais uma  discussão sobre a temática.

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“Venho como um representante da população brasiliense, que almeja por mais segurança e por políticas públicas efetivas, sobretudo na área social. Embora o Plano Piloto seja sim uma área diferenciada da Capital, os problemas causados pela mendicância, pelo uso e tráfico de drogas, pelos furtos e roubos, têm sido uma constante nas demandas recebidas por mim na RA-PP”, disse o administrador Valdemar Medeiros.

De acordo com dados da Codeplan, estima-se um total de 2.938 pessoas que vivem em situação de rua em todo o Distrito Federal, grande parte delas está no Plano Piloto.

A audiência deixou claro que não se pode atribuir às pessoas em situação de vulnerabilidade social a culpa pelos problemas da segurança pública no Plano Piloto. É necessária uma força-tarefa entre as forças militares, Administrações, Secretarias e demais órgãos competentes.

O deputado Thiago Manzoni ressaltou a importância da geração de emprego e renda.”Enquanto estivermos olhando para quem gera emprego e renda como vilões não vamos entender a importância desta temática. A dignidade se traduz, dentre outras formas, com a geração de emprego”, ponderou.

“Não podemos fechar os olhos para os chamados “infiltrados” que se dissolvem em meio a essa população, com interesses completamente diferentes: afinal, estão focados em cometer delitos e, escondê-los, ou “culpar” a população vulnerável existente no Distrito Federal por crimes por eles cometidos”, acrescentou o administrador de Brasília, Valdemar Medeiros.

“É extremamente importante essa temática. É importante mencionar que os espaços públicos não podem ser ocupados de maneira irregular, por outro lado é importante que ações sejam realizadas, no sentido de proporcionar uma condição dignidade à população em situação de rua e trazer uma nova condição de vida, aliada ao suporte por parte do estado”, ponderou o deputado distrital Eduardo Pedrosa (União Brasil).

“É um desafio do Brasil. Estamos vivendo em um fluxo migratório. Essa realidade tem sido vivida no Brasil. A minha preocupação é com o aumento da população em situação de rua, sobretudo as crianças”, disse a senadora Damares Alves.

“A culpa das pessoas em situação de rua é da sociedade. A gente não é invisível. A gente quer dignidade, emprego, geração de renda, saúde e moradia. Que olhem para nós com políticas públicas efetivas”, afirmou Joana D’Arc Basílio, que viveu nas ruas por uma década e hoje é representante do Movimento de População de Rua do DF.

“Essa pauta é fundamental que fala sobre dignidade humana. É importante dizer que na nossa constituição todos temos direitos e deveres, que devem ser respeitados”, disse a deputada Paula Belmonte.

Compuseram a mesa os deputados Eduardo Pedrosa, Thiago Manzoni e Paula Belmonte, além de representantes dos seguintes órgãos: Administração Regional do Plano Piloto, representado pelo administrador Valdemar Medeiros, Senado Federal, Secretaria de Desenvolvimento Social,  Polícia Militar do DF, Secretaria de Segurança pública do DF, Secretaria de Saúde, MPDFT e Movimento de População de Rua do DF.

Texto: Daniela Uejo/RA-PP
Fotos: Emanuelle Sena/RA-PP

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