
Família Bolsonaro quer dominar o Brasil – de novo
Parece piada, mas não é. A família Bolsonaro continua em sua missão de expandir o próprio império político – agora com ainda mais roupagem religiosa e conservadora. A mais recente movimentação vem de Michelle Bolsonaro, ex-primeira-dama e autoproclamada “mulher mais poderosa do Brasil”, que transferiu seu título de eleitor do Rio de Janeiro para o Distrito Federal. Coincidência? Nada disso.
Com o gesto, Michelle mostra que seus planos políticos vão além da retórica de bastidores: ela quer uma vaga no Senado pelo DF. Mas não para por aí. O projeto da família é mais ambicioso – querem representantes em todos os níveis, da Câmara Distrital até a Presidência da República. Tudo isso embalado em discursos inflamados, culto à personalidade e um verniz religioso que busca fidelizar um eleitorado fiel, mas muitas vezes mal informado.
A jogada é clara: ampliar o campo de domínio da família no tabuleiro nacional. E o DF, que já foi berço de votos bolsonaristas, virou território estratégico para essa nova fase da dinastia.
🧊 Ibaneis longe do fogo cruzado
Enquanto isso, o governador Ibaneis Rocha (MDB) escolheu um caminho mais prudente: manter distância da polarização política que domina o cenário nacional. Sob a orientação de seus assessores mais próximos, Ibaneis tem evitado se envolver nas disputas entre bolsonaristas, o judiciário e o governo Lula. Tem feito política com discrição, algo raro nos dias de hoje.
A estratégia tem funcionado. O silêncio tem agradado parte da opinião pública, aliados e até setores da imprensa que já deixaram claro: não vão embarcar no projeto Michelle. Por ora, a aposta é mais racional – apoiar a reeleição da senadora Leila do Vôlei, que mantém atuação equilibrada e tem conquistado espaço por mérito próprio.
🗳️ MDB afia as armas para 2026
O MDB-DF realiza neste sábado (2) sua Convenção Estadual Ordinária, no auditório da Câmara Legislativa. O objetivo? Consolidar estratégias para as eleições de 2026 e tentar reorganizar a casa. Lideranças, filiados e representantes de diversos segmentos do partido devem marcar presença a partir das 9h.
A legenda, que já teve protagonismo em outros tempos, agora precisa correr atrás do prejuízo e resgatar nomes históricos que ficaram esquecidos. Em tempos de extremos, o MDB tenta vender a imagem de equilíbrio. Resta saber se o eleitor vai comprar.