Candidata do PDT foi sabatinada pelos jornalistas da emissora nesta quinta-feira (1º/09)
Leila do Vôlei, a candidata do PDT ao Governo do Distrito Federal, vai dar mais Segurança às mulheres quando assumir o Palácio do Buriti. “As crianças, as mulheres e os idosos foram duramente atingidos na pandemia”, lembrou, na manhã desta quinta-feira (1º/09), em entrevista à Mais Brasil FM. “Vamos reforçar a rede de proteção às mulheres”, avisou.
No governo do DF, Leila vai construir uma delegacia da mulher na região norte do DF e colocar as políticas públicas para as mulheres como prioridade no orçamento.
Leila aprovou a Lei do Stalking para atualizar o Código Penal e punir aqueles que persigam qualquer pessoa. “Qual mulher nunca foi perseguida? Eu fui. [Mas] a lei é para homens e mulheres para combater qualquer perseguição, seja on-line ou física”, explicou.
A candidata do PDT foi relatora da lei que destinou 5% dos recursos do Fundo Nacional de Segurança Pública para ações de enfrentamento à violência contra a mulher. “A Lei Maria da Penha era uma das melhores do mundo, mas faltava orçamento”.
Leila sabe que, para melhorar a Segurança do DF, é preciso valorizar as forças policiais.
“As nossas forças de Segurança são uma das mais bem preparadas do Brasil, mas estão sobrecarregadas. Precisamos sentar com eles, conversar sobre plano de carreira, discutir sobre a melhor forma de tratar a Segurança no DF. Vamos investir em tecnologia, inteligência, integração das forças e na melhoria da rede de proteção à mulher”, disse.
Mais casas abrigo e duas unidades da Casa da Mulher Brasileira no DF estão entre as propostas do programa de Governo de Leila, que dará também atenção especial às empreendedoras do DF.
Saúde
O Plano de Governo de Leila também prevê a construção de hospitais em São Sebastião, no Pôr do Sol/Sol Nascente e a ampliação da rede do Guará para atender aos moradores de Águas Claras. Indagada se a proposta não seria muito ambiciosa, a senadora mostrou como os projetos são viáveis.
“É uma questão de prioridade. Temos recursos do Fundo Constitucional, de emenda de bancada e do orçamento”, ressaltou Leila, lembrando que mais de R$ 1 bilhão em emendas foi enviado para a Saúde do DF.
A senadora já destinou emendas para o Hospital de São Sebastião. Ela defende que a Região Administrativa, com mais de 95 mil habitantes, não pode depender apenas da UPA. As obras no Pôr do Sol/Sol Nascente e Guará irão ajudar a desafogar a demanda dos hospitais de Taguatinga e da Ceilândia.
“Nas ruas, não tem uma mulher ou um homem que não me peça para resolver a questão da saúde. Vou fazer isso com responsabilidade e transparência”, destacou.
Um dos primeiros atos do governo de Leila será uma auditoria nas contas da Secretaria de Saúde e do IGES. “Não tivemos transparência. Vamos trazer os órgãos de controle para um diagnóstico, e repensar o modelo atual que falhou e vai ser descartado”, informou.
Educação
Leila vai universalizar a pré-escola, valorizar os professores, integrar as famílias às escolas, construir mais creches e apoiar a Universidade do Distrito Federal.
Como vice-presidente da Comissão de Educação no Senado, Leila destinou recursos em emendas à pavimentação de trajetos das escolas rurais para melhorar a qualidade de vida de alunos e professores, afastá-los da poeira na ida e retorno às aulas.
O Governo Leila oferecerá cursos para jovens integrados com a cadeia produtiva do DF nas escolas técnicas e na Universidade do DF. A ideia é que a Educação esteja conectada à realidade econômica e contribua para o desenvolvimento de todos.
“Temos conversado com empresários, queremos capacitar o nosso jovem para Hotelaria e Turismo”, destacou Leila, citando o potencial do turismo cívico, rural e de aventura.
A candidata reafirmou que debaterá com a comunidade se manterá ou não as escolas cívico-militares. “Em alguns lugares, não funcionou. Em outros, sim. Então temos que ouvir a população. Não é simplesmente chegar e acabar com tudo. Sou muito contra quando um governo não dá continuidade ao que está dando certo”.
Região central
Leila lamentou o estado de abandono em que se encontra o Setor Comercial Sul, próximo de onde estudou na 902 Sul. “Por que não trazer a economia criativa para o SCS? Está tudo abandonado. É uma realidade muito dura”.
Na Ciência e Tecnologia, Leila incentivará o melhor aproveitamento do Biotic (Parque Tecnológico de Brasília) e a criação de novos polos de startups na W3 Sul e em Taguatinga.
Para isso, Leila disse que contará com o BRB como parceiro para se transformar em agente de fomento aos novos negócios.
“O BRB tem que estar mais presente, facilitar, desburocratizar o crédito para fomentar a economia do DF”, destacou.
Metrô
Leila defendeu que a solução para a Mobilidade urbana no DF passa pelo transporte de massa. Por isso, ela levará o metrô até o final de Samambaia, até o Pôr do Sol/Sol Nascente, Santa Maria, Gama e Asa Norte. Sobradinho e Planaltina serão integrados com um monotrilho.
“Vamos tirar da gaveta a expansão do metrô. É prioridade porque é qualidade de vida. Saúde não é só doença, é prevenção, é cuidar das pessoas”, disse ao criticar as horas que os brasilienses ficam dentro dos ônibus.
Fome
Crianças de até seis anos terão gratuidade nos restaurantes comunitários. A rede será ampliada para mais Regiões Administrativas e haverá unidades itinerantes para facilitar o acesso a população e combater a fome.
Leila também levará os Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) para todas as regiões do DF. “Não há justificativa para o cenário do CRAS hoje e a dificuldade com as filas”, criticou.
Leila criará o cartão DF Inclusivo. Todos os benefícios estarão em apenas um cartão. “É uma injeção de dignidade na veia com uma renda para sobreviver”, contou.
Meio ambiente
Leila relatou ainda que combaterá a grilagem para proteger os mananciais, dar mais vida ao Cerrado e minimizar os riscos de novos racionamentos de água no DF. “Tenho um filho de 11 anos e assumo esse compromisso com as novas gerações”, destacou.
Centrad
Sobre o Centro Administrativo do DF, Leila disse que abrirá o diálogo com o Ministério Público, a Caixa Econômica Federal, o governo federal e as empreiteiras para encontrar uma solução. O imbróglio impede o acesso do governo local a financiamentos e convênios, fundamentais ao crescimento do DF. “Quem está perdendo é o GDF e atinge a população porque não podemos fazer investimentos”, diz.
Trabalho
A candidata do PDT disse, ainda, que a vida a mostrou não haver segredo para concluir com êxito as missões que abraçou na carreira de atleta, gestora de projeto social, secretária de esporte e de senadora. “Para o sucesso e a excelência, o caminho é o trabalho. Brasília precisa de um governo humanizado, transparente e comprometido com a população”, concluiu.