
Desde as eleições de 2022, diversos partidos amargam a ausência de representação na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF). No entanto, um nome desponta como peça-chave para mudar esse cenário em 2026: Robério Negreiros.
Com 31.341 votos conquistados pelo PSD, Robério foi um dos principais puxadores de votos do último pleito distrital. Para efeito de comparação, o quociente eleitoral exigido para garantir uma vaga na CLDF girou em torno de 57 mil votos. Ou seja, sozinho, Robério alcançou mais da metade desse índice — um feito que poucos candidatos conseguem.
Esse desempenho o coloca no radar de diversas legendas que ficaram de fora da CLDF em 2022, entre elas: PV, PDT, PSDB, PODEMOS, Mobiliza, DC, PRTB, PMB, PCdoB, Cidadania e NOVO. Todas enfrentam o mesmo dilema: a ausência de quadros competitivos com densidade eleitoral suficiente para conquistar vagas no sistema proporcional. Nesse tabuleiro, Robério virou o “rei” que todos querem atrair.
A movimentação já começou nos bastidores. Há conversas, sondagens e até negociações em estágio preliminar. O interesse é evidente: Robério pode ser o nome capaz de ressuscitar a presença dessas legendas na CLDF. Sua filiação a qualquer uma delas não apenas garantiria uma cadeira com alta probabilidade, como também abriria espaço para a disputa de uma segunda vaga, a depender do desempenho dos demais candidatos da chapa.
Esse cenário escancara uma realidade pouco discutida, mas crucial na política distrital: a força dos puxadores de voto. Em 2022, o exemplo do União Brasil foi emblemático — mesmo com votação expressiva, o partido não conseguiu eleger um segundo deputado, justamente por falta de outro nome com apelo eleitoral consistente. Caso Robério estivesse naquela legenda, o partido poderia ter conquistado duas cadeiras e, com a sobra de votos, até uma terceira.
É exatamente esse erro que os partidos órfãos de representação tentam evitar em 2026.
Com experiência parlamentar consolidada, Robério possui uma característica cada vez mais rara na política atual: é um ativo eleitoral com capital político real. Ele entrega votos, impulsiona a legenda e viabiliza mandatos. Isso o torna altamente valorizado por partidos que não buscam apenas nomes, mas sim resultados concretos.
Em tempos de descrédito e fragmentação política, ter um candidato com votação efetiva pode ser o divisor de águas entre existir ou não no cenário institucional.
A disputa não será apenas nas urnas. Será também de bastidores, articulação, promessas e espaços. Quem conseguir trazer Robério para sua sigla poderá conquistar mais que um nome competitivo — poderá garantir um futuro político.