O caso envolvendo o deputado Daniel Donizet (MDB) expõe um lado pouco debatido — e frequentemente ignorado — da política brasiliense: o impacto psicológico que acusações, investigações e ataques públicos infundados podem gerar não apenas no parlamentar, mas também em sua família.
Nos últimos meses, Donizet esteve no centro de manchetes ruidosas, especulações gratuitas e um escrutínio que, muitas vezes, pareceu superar a fronteira entre o interesse público e o puro deleite pelo desgaste alheio. Agora, com novos elementos indicando que as acusações que lhe foram atribuídas não se sustentaram, surge um questionamento inevitável nos bastidores da CLDF:
Daniel Donizet foi vítima de violência política?
Quando a política vira arma — e não ferramenta
Violência política não é só agressão física ou ameaça explícita. É também pressão psicológica, campanhas de desgaste, boatos estrategicamente plantados, narrativas distorcidas e a tentativa de transformar um nome público em alvo móvel.
Donizet, quarto deputado mais votado em 2022, não passou despercebido pela classe política. E, em Brasília, incomodar é quase um convite automático para cair no radar de quem prefere o jogo sujo ao debate transparente.
A pergunta que circula — em voz baixa, claro — nos corredores da Câmara Legislativa é direta:
Donizet desbalanceou algum tabuleiro? Atrapalhou planos? Mexeu com interesses que não costumam ser contrariados?
Ou, talvez, tenha sido apenas mais um personagem jogado na fogueira por aqueles que adoram fabricar crises só para assistir quem queima primeiro.
Os danos que não aparecem nas manchetes
Enquanto muitos aplaudem de longe o circo político, há algo que raramente vira notícia:
o impacto emocional que episódios assim causam.
A pressão constante, a exposição pública, a incerteza, a sensação de estar permanentemente na mira — tudo isso corrói. E corrói também quem está ao redor: pais, filhos, cônjuges, amigos. Violência política cria ondas que começam no gabinete, mas quebram dentro de casa.
Especialistas em comportamento político apontam que situações prolongadas de estresse podem gerar:
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ansiedade generalizada,
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distúrbios do sono,
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crises de pânico,
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isolamento social,
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sentimento constante de perseguição,
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e até quadros depressivos.
E, claro, nenhuma família está preparada para ver seu nome virar munição na mão de adversários.
Quando a flecha volta
No caso de Donizet, quem tentou puxar seu tapete pode ter tropeçado no próprio cadarço.
A insistência em inflar suspeitas que não se confirmaram acabou por expor mais o comportamento de quem acusava do que o do próprio parlamentar.
A velha tática de mirar para ver quem sangra, desta vez, pode ter falhado.
E o episódio deixa um alerta incômodo — e necessário — para toda a classe política:
Enquanto a violência política continuar sendo usada como arma, ninguém está seguro. Nem o alvo da vez. Nem os próximos da fila.
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