Opinião | Raad Massouh volta ao jogo político e incomoda antes mesmo da largada

Renata Schuster Poli – Jornalista, pós graduada em Comunicação Eleitoral e Marketing Político, analista política com mais de vinte anos tendo trabalhado na Câmara Federal, vice-governadoria e governadoria do GDF, atualmente assessora na Câmara Legislativa DF.

O tabuleiro político do Distrito Federal começa a se mover com mais intensidade, e um nome em particular tem causado barulho antes mesmo da largada oficial: Raad Massouh. O ex-deputado distrital acaba de confirmar sua pré-candidatura às eleições de 2026 — um movimento que, goste-se ou não, recoloca uma figura experiente e estrategicamente articulada no centro das discussões políticas da capital.

Massouh retorna com uma agenda intensa e uma energia que poucos conseguem acompanhar: começa o dia cedo, termina tarde, percorre cidades, participa de reuniões, escuta demandas. Parece claro que ele não voltou à cena para brincar — e isso já está tirando o sono de alguns adversários.

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Não por acaso, o contra-ataque veio rápido. Vídeos antigos, fake news recicladas e campanhas veladas de difamação começaram a pipocar em grupos e redes. O roteiro é velho e previsível: quando não se tem como contestar a presença política de alguém, tenta-se minar sua reputação com ataques rasteiros. Mas talvez os autores dessas estratégias estejam subestimando dois fatores importantes: o tempo mudou — e o eleitor também.

Mesmo fora do cargo, Raad nunca saiu completamente de cena. Sua presença em comunidades, eventos e bastidores sempre foi constante. A pré-candidatura apenas oficializa o que muitos já sabiam: ele estava se preparando. E agora, com um discurso direto e combativo, se apresenta como alguém que está pronto para retomar o protagonismo.

“O recado está dado: quem achou que eu tinha desistido, errou feio. Estamos no jogo, e em modo turbo”, declarou. A frase é simbólica. Não apenas por sua firmeza, mas por deixar claro que ele enxerga a disputa de 2026 como mais do que uma eleição — como uma correção de rota.

Massouh aposta em uma fórmula que tem sido esquecida por muitos políticos: ouvir mais do que falar, andar mais do que prometer. E isso, num cenário político desgastado por escândalos e distanciamento da população, pode ser um diferencial poderoso.

Se vai dar certo? Ainda é cedo para dizer. Mas uma coisa é certa: ignorar Raad Massouh em 2026 será um erro que poucos poderão se dar ao luxo de cometer.

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