Discurso da candidata do PDT ao Governo do Distrito Federal, Leila do Vôlei, proferido na Pedra Fundamental de Brasília em Planaltina, nesta segunda-feira (12/09)
Boa tarde a todas e todos, aos brasilienses de nascimento e àqueles que, de coração, escolheram essa terra como sua. Hoje, tenho uma mensagem extremamente importante para vocês. Vivemos um momento crucial e que diz respeito ao futuro de cada um de nós, por isso, estamos aqui, nesse local que faz parte da história de Brasília.
Celebramos 100 anos da inauguração da Pedra Fundamental de Brasília. Que, muito antes de ser uma cidade, foi um sonho. Sonho do padroeiro da nossa capital, São João Dom Bosco. De lá pra cá, um time de grandes líderes fez do sonho de Brasília uma realidade: desde a intenção de mudança da capital para o interior, durante o Brasil Colônia, com o Marquês de Pombal, em 1761, ao Patriarca da Independência, José Bonifácio.
Atendendo ao chamado de JK, veio uma legião de brasileiros simples, que acreditaram nessa esperança de um Brasil mais integrado, mais desenvolvido. Inclusive, algumas mulheres, valentes demais, que foram pioneiras no meio daquela terra de ninguém, mas que são pouco reconhecidas até hoje, estão fora dos livros de história. Gente como Mercedes Parada, trabalhou como topógrafa, sozinha e madrugadas adentro, calculou localizações para criar o mapa do Distrito Federal tal qual o conhecemos hoje. Além de tantos outros nomes, como os da Tia Neiva e Coracy Pinheiro, cuja importância não pode ser esquecida na implantação da nossa capital. Nomes que têm que ser lembrados e comemorados, como o de Dona Sarah Kubitschek.
Naquele tempo, mesmo antes de haver capital, já havia povo. Brasília já tinha ganhado o coração dos brasileiros, especialmente, dos mais humildes.
Só podia surgir daí uma capital maravilhosa, que representou um novo paradigma, um novo momento para o País. Desde o começo, Brasília mostrou ser muito mais que um lugar comum. Mas então, por que é que ela não representa mais essa esperança? Por que não representa mais essa mudança para um tempo novo? O momento não é de procurar culpados, mas de entender o que devemos fazer. Precisamos planejar nosso futuro.
Dos 100 anos da Pedra Fundamental, em breve, completaremos outros 100 anos.
E que Brasília será essa aos 100 anos? Como queremos que esteja a nossa capital quando ela completar 100 anos? Como será essa cidade que imaginamos para cada um de nós, para os nossos filhos e próximas gerações? Como chegaremos lá?
Como queremos compartilhar esse pôr do sol maravilhoso, nas próximas décadas, com nossos filhos e netos? Qual legado deixaremos para os 100 anos de Brasília?
Um futuro sem água? Ainda com miséria? Sem um transporte eficiente e limpo? Estamos privando a população dos seus direitos mais básicos. Reflitam. O que estamos construindo de fato? O futuro de Brasília, o nosso futuro, depende das escolhas que fizermos agora, antes que seja tarde demais.
E sabe quando é tarde demais? Quando a gente se acostuma a pensar que as coisas não têm solução, que não dá pra mudar o jogo, mudar a vida. Eu nunca me conformei com isso. Quando eu era muito nova, meu pai tentou me convencer a abrir mão do meu sonho, com medo que eu mirasse alto demais e caísse. Mas eu tinha uma visão de futuro e acreditei nela. E hoje eu posso dizer o que sei, o que aprendi: vai dar muito trabalho, vai exigir muito esforço e dedicação, mas a gente pode ganhar o mundo, mudar o nosso futuro.
Para isso precisamos acreditar, precisamos de muito planejamento e trabalho, para aproveitar todo o nosso potencial.
Por isso, convido todos vocês a entrarmos em um novo ciclo, um novo momento da nossa capital. Convido as cidadãs e os cidadãos brasilienses a se juntarem a mim, para construirmos juntos a Brasília 100 anos.
Onde pensaremos sobre a importância não só dos próximos 4 anos, mas da responsabilidade de todos nós, nos próximos 38 anos. Precisamos de uma política focada no coletivo, nas necessidades daqueles que mais precisam, garantindo progresso, justiça e bem-estar social. Pra Brasília voltar a ser a Capital da Esperança, um centro que lidera, inspira e é exemplo para todo o Brasil.
Para que essa Brasília seja possível, precisamos assegurar que os cidadãos do DF nunca mais passem pelo que sofreram na pandemia. Vamos criar a Cidade da Saúde, com hospitais e clínicas de referência, além de atrair indústrias de medicamentos e insumos. Precisamos estar preparados para as novas pandemias que podem nos atingir nas próximas décadas.
Uma Brasília sem fome. Iremos acabar com a insegurança alimentar no Distrito Federal. Todo brasiliense tem o direito de fazer as três refeições, principalmente, nossas crianças e nossos idosos. Temos de criar um estado de bem-estar social, uma rede de proteção aos mais vulneráveis, aqueles que mais precisam dos governantes.
Precisamos das nossas crianças alfabetizadas de verdade até os 8 anos. Vamos recompensar os educadores que estão fazendo um bom trabalho. Lembrando que só estamos aqui graças aos nossos professores. Vamos valorizá-los!
Temos que trazer todos os alunos para a escola novamente após a pandemia. Vamos modernizar as escolas e preparar nossos filhos para os trabalhos do futuro. Com todas as nossas escolas e bibliotecas conectadas à uma internet rápida e gratuita – dando acesso aos alunos e à comunidade.
Vamos garantir que as escolas estejam abertas até mais tarde e durante o fim de semana para que as crianças estejam ocupadas com aprendizagem e lazer, ao invés de estarem nas ruas. Adolescentes mais próximos, envolvidos e com desejo por conhecimento, pela formação superior.
Precisamos de creches para todas as nossas crianças, garantir que a mulher brasiliense tenha condições de explorar todo o seu potencial profissional e de liderança na sociedade.
Vamos levar o Metrô e o transporte público de massa a todo o DF. Brasília sofre há décadas com um sistema caro, ineficiente e poluente. Não podemos deixar que nossos filhos e netos sofram como já sofreram nossos pais.
Precisamos universalizar a rede de saneamento básico, trazendo dignidade e qualidade de vida – é saúde que traz economia de milhões aos cofres públicos.
Precisamos criar um programa habitacional consistente, que resolva um déficit histórico que temos de falta de lares. Além disso, precisamos ajudar as pessoas que estão em moradias precárias. O brasiliense tem de poder dormir tranquilo, em um local digno, sem medo das chuvas e sabendo que não irá perder o patrimônio que está construindo, muito menos, a vida dos seus entes queridos.
Precisamos construir uma Brasília totalmente acessível aos nossos deficientes. Uma Brasília que promova políticas de igualdade racial e de gênero.
Precisamos trilhar um caminho para uma economia forte, com incentivo aos setores produtivos. Precisamos revitalizar áreas tradicionais como a W3 Sul e Norte e Taguatinga Centro, instalando nelas empresas de inovação.
Vamos buscar investimentos internacionais e garantir a saúde financeira no nosso orçamento, com transparência e eficiência.
Precisamos dar aos menos privilegiados uma chance de crescer e cuidar de suas famílias. Precisamos da Brasília 100 anos em que não exista mais a pobreza extrema. E para isso, precisamos de soluções políticas que sejam definitivas, que tirem essas pessoas da margem da sociedade e nunca mais permitam que elas sejam esquecidas.
Precisamos tornar nossas ruas mais seguras. Eu quero a Brasília 100 anos onde jovens não sejam assassinados, onde nossas crianças não convivam com violência fora ou dentro de casa, onde nossos idosos sejam respeitados.
Nenhuma mãe ficará sem assistência, criaremos uma estrutura de acompanhamento para as crianças com dificuldade de aprendizagem, com atendimento pediátrico e exames para diagnóstico. Nossas filhas e filhos receberão nas escolas o atendimento que realmente merecem.
As temperaturas têm aumentado, a seca tem aumentado, vejam o que está acontecendo com áreas como o Pantanal, que está em uma linha geográfica muito próxima à nossa. Precisamos assegurar que iremos ter água para as próximas gerações, com mais reservatórios, com o uso consciente e preservando nossas nascentes.
Vamos cuidar do nosso meio ambiente para as próximas gerações, cuidar dos nossos parques, das áreas de preservação, da nossa fauna e flora, garantir que Brasília seja referência para todo o País.
Pense bem. Esses são objetivos que já deveriam ter sido cumpridos há décadas, concordam? Não podemos mais perder tempo com nosso futuro, quero construir com vocês um caminho para os 100 anos de Brasília.
Devemos voltar a ter orgulho, sermos um sinônimo de esperança, para todos os brasileiros. É nossa obrigação. Uma obrigação moral com a próxima geração. Devemos construir um legado de oportunidades.
Não podemos só pensar em política de 4 em 4 anos, de curto prazo, sempre atreladas a projetos de reeleição, projetos de poder partidário e econômico.
Brasilienses, essa Brasília 100 anos só é possível se a fizermos juntos, de mãos dadas. Aquela menina Leila que teve que se impor em busca dos seus sonhos continua aqui, dentro de mim e ainda mais forte.
Brasília é sua, seja você jovem ou idoso; pessoa saudável ou precisando de tratamento médico; do Sul, Sudeste, Norte, Nordeste ou candango; homem ou mulher; hetero ou LGBTQIAPN+; não importa, vamos juntos!
Eu acredito na Constituição, nos Direitos Humanos, na Liberdade religiosa, na Liberdade de expressão e na Liberdade de Imprensa. Eu acredito em trabalhar duro e seguir as regras. O trabalho precisa continuar e nós vamos começar agora a Brasília 100 anos.
No dia 2 de outubro vamos às urnas tomar uma decisão importante, você já fez a sua escolha? Consegue explicar seu voto para os seus filhos com tranquilidade?
Precisamos de uma política de Estado, feita com ética e profissionalismo.
Vamos escolher se iremos construir uma Brasília voltada para o futuro ou para o passado, com políticas antigas e brigas por poderes individuais. Uma escolha entre um Brasil unido, com todos trabalhando juntos, como queremos, ou um Brasil dividido em partes, desconfiadas uma da outra, como se não fôssemos todos irmãs e irmãos.
Vamos nos comprometer hoje a levantar e construir juntos a nossa Brasília do futuro, a Brasília 100 anos que queremos, da qual os nossos filhos se orgulharão. Com fé, continuaremos a acreditar nesse lugar mágico chamado Brasília. Mas chamado também, com carinho e com toda razão, de Capital da Esperança.
Sou a Leila Barros, a Leila do Vôlei. Venham comigo.
Para essa trajetória começar, peço o seu voto. Dia 2, vote 12!
Brasília precisa de uma governadora.
E o futuro começa agora, com as pessoas em primeiro lugar!