Segurança Pública será prioridade em segundo mandato

 

Governador Ibaneis Rocha (MDB), garante mais esforços em prol da melhoria na Segurança Pública do DF.

- Publicidade -

O ex-comandante da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) coronel Vasconcelos espera que o superávit estimado para o Fundo Constitucional do DF em 2022 seja usado para reforçar os investimentos na área da segurança pública e recompor os vencimentos policiais e bombeiros. O Fundo, que banca despesas do DF com segurança, saúde e educação, tem um orçamento estimado de R$ 11 bilhões apenas para a segurança e um superávit estimado em R$ 6 bilhões para o ano que vem, um aumento entre 5% e 7% em relação aos recursos disponíveis neste ano.

“Há muito, ainda, que pode ser investido na área de segurança pública. Entre esses investimentos estão aquisição de equipamentos, incremento do serviço voluntário gratificado, que é uma verba indenizatória — pra gente, remuneratória, um dos grandes problemas que a gente tem, precisamos mudar para indenizatória para nivelar com as outras forças de segurança —, construção de novas unidades policiais, aquisição de tecnologia. Mas, o principal ponto é a recomposição salarial das forças de segurança. Isso a gente precisa trabalhar urgentemente junto ao governador, ao governo federal, para que voltemos a ser as forças de segurança mais bem pagas do país”, disse o coronel, que comandou a PM por um ano, em 2021.

Vasconcelos, que é candidato a deputado federal pelo DF, lembra que a PM do DF tem a responsabilidade de cuidar da segurança da capital do país, que reúne a segunda maior concentração de representações internacionais do mundo, só perdendo para as Nações Unidas e é palco das maiores manifestações populares do país. “Hoje, temos uma defasagem salarial muito grande, que traz um prejuízo enorme pelo fato e sermos quem nós somos. A gente precisa ter forças de segurança motivadas, à altura do que a capital do país exige”, declarou.

Para o ex-comandante, o estado de Santa catarina deu um exemplo de valorização das forças policiais que pode ser seguido pelo DF, ao equiparar vencimentos dos oficiais da PM e dos Bombeiros, assim como de agentes e delegados da polícia civil, com as carreiras de procurador do estado e da Defensoria Pública, “trazendo normalidade, uma equidade entre essas remunerações, valorizando o servidor e que, certamente, se reflete nas ações. As forças de segurança da Santa Catarina, hoje, têm níveis de produtividade parecidos om os nossos, só que são mais bem remuneradas”, avaliou Vasconcelos. Ele alerta que a stação do serviço pela motivação do profissional, quando ele começa a comparar com a situação de outros estados”.

Conquistas e parcerias

A queda dos principais indicadores de criminalidade quando esteve à frente da PM é apontada pelo coronel Vasconcelos como um dos principais legados deixados por sua gestão. O DF está entre as três unidades da Federação com melhores índices do país em crimes contra a vida — em alguns casos, o menor de toda a série histórica, como a taxa de homicídios. Também citou a queda do número de crimes contra o patrimônio (como roubo de veículos e furtos de transeuntes). “Tenho muito orgulho de dizer que comandei a corporação nesse período, e que todas essas melhorias com efetivos, tecnologia, construção de quartéis, certamente fazem parte do rol de fatores que motivam o policial para que possa, na ponta da linha, prestar um bom serviço e atingir esses números que a gente tem atingido no DF”, comentou.

Ele também aponta outras conquistas, como a entrada de mais de 1,5 mil novos policiais no curso de formação da PM e nos cursos de formação de novos oficiais, em que destaca os cursos sequenciais para sargentos, “para que possam ser promovidos a subtenente, que dá uma melhoria salarial”, além dos cursos técnicos de especialização, de operações especiais, de trânsito e de policiamento internacional.
O investimento em equipamentos também é comemorado. “Tivemos a aquisição de materiais e EPIs (equipamentos de proteção individual) para toda a corporação. Foi na minha gestão que contratamos, e que começam a chegar agora, coturnos para todos os policiais, calças táticas, japonas operacionais, estão sendo licitados porta-carregador, coldre para as armas e, em breve, os cintos que vão ser entregues. E nós tivemos ainda a construção de novas unidades policiais”, disse Vasconcelos.

Executivo e Legislativo

Especialista em políticas públicas da área da segurança, o coronel Vasconcelos reconhece que não basta apenas a mobilização das categorias. É preciso que os poderes Executivo e Legislativo também participem da construção de soluções para questões como carreiras e salários, que dependem, na maioria dos casos, de alterações na legislação e decisão política do governador para que avancem. Nesse aspecto, o ex-comandante destaca o bom relacionamento que sempre manteve com o governador do DF, Ibaneis Rocha, que abraçou a causa dos policiais.

“Se o governador tem a competência de enviar os projetos, quem vai fazer as mudanças não é ele, é o presidente da República através de decreto ou medida provisória, ou o Congresso Nacional, por projetos de lei. Entre eles, temos o aumento do nosso salário. Um dos meus compromissos, e o governador Ibaneis já disse isso também, vai ser, passadas as eleições, tratar desse assunto para trazer uma recomposição salarial que esteja a altura do que as nossas forças de segurança merecem.”

Nos vários encontros que teve com o governador do DF, Vasconcelos encaminhou as reivindicações das categorias que compõem a área da segurança pública, que foram bem recebidas pelo chefe do Executivo. “Eu estive com o governador algumas vezes neste período de campanha, conversamos sobre a questão das forças de segurança pública, e há sim, o reconhecimento de nossa parte de que a gente precisa avançar em muitos pontos ainda, e a maioria não é competência exclusiva do governador, precisa do apoio do presidente e do Congresso Nacional, mas há, além da sensibilidade, o compromisso do governador de, passadas as eleições, sentar com a gente para encontrar soluções, caminhos para solucionar essas demandas das forças de segurança. Tenho muita esperança de que isso será feito. Ele sabe que há muito a ser feito e nós vamos trabalhar para atender essas demandas das nossas categorias policiais, de bombeiros, policiais militares, civis e penais”, concluiu.

Comentários

Últimas