Com o lema “amar e acolher”, evangélica conquista espaço em pesquisas espontâneas e promete trabalhar “incansavelmente por todos, sem distinção”
Conhecida em todo o Distrito Federal por desempenhar trabalhos sociais e espirituais à frente do Ministério Rhema AIC, Missionária Cristiane é uma das candidatas a deputada distrital que tem chamado a atenção nas pesquisas eleitorais. Nascida em Brasília e criada na Fercal, a evangélica concorre a uma das 24 cadeiras da Câmara Legislativa (CLDF) pelo partido PMN.
Ela tem 43 anos, é casada, mãe de Anna Vitória e fundadora do projeto Curados por Deus, que atende diversas comunidades do DF.
Na pesquisa espontânea do Metrópoles/Ideia, divulgada no dia 20 de agosto, Missionária Cristiane é um dos destaques com 0,2% das intenções de voto para o cargo de deputado distrital. Ao todo, são 591 candidaturas à CLDF.
Confira, abaixo, entrevista com a candidata:
Quem é a Missionária Cristiane?
A missionária Cristiane é uma mulher cheia de feridas que a vida trouxe, mas que sempre permaneceu em pé diante das batalhas pela fé e confiança que tenho em Deus. Sou esposa, mãe, cristã, filha de caminhoneiro e comerciante. Graças a Deus e a eles consegui conquistar o meu caráter e a minha garra de lutar no dia a dia.
Apesar de ser cristã, costumo dizer que vivo Deus e não a religião. Minha verdadeira missão é amar e acolher todos sem distinção, pois Cristo apenas amou, sem julgamentos e sem condenar aqueles que precisam de uma palavra, de uma oração, não olho a quem, apenas cumpro a minha obrigação de acolher, amar, abraçar e orar.
O que você faz?
Sempre atuei no meio político e chegou um tempo que resolvi dar uma pausa após trabalhar para alguns políticos de Brasília e ficar apenas na promessa. Deus me colocou para trabalhar em um hospital privado durante três meses antes da pandemia, Hospital Santa Helena, como auxiliar administrativo no pronto-socorro.
Fora isso, tenho um trabalho social e espiritual que se chama Curados por Deus. Esse projeto surgiu em um grupo de WhatsApp apenas para intercessão de mulheres, mas certo dia veio a necessidade de abrir o grupo para outras pessoas, e uns sempre orando pelos outros.
Chegou um momento que percebi que alguns irmãos estavam necessitando de alimento, a partir daí começamos arrecadar cestas básicas e distribuir para essas pessoas. Outros precisavam de dinheiro para pagar conta de água e luz que estavam cortadas, daí fazíamos vaquinhas para arrecadar o dinheiro e aos poucos esse movimento foi crescendo. Levamos hoje um refrigério para as necessidades humanas e para a alma daqueles que precisam.
O que Brasília representa para você?
Atualmente resido em Sobradinho II com a minha família que são minha filha Anna Vitória, de 16 anos, meu Esposo Robson, e dois cachorros: Nina e Bilingo. Eu nasci e fui criada aqui, e nunca tive o desejo de sair. Brasília é um lugar que tenho muitas realizações e sou feliz.
Brasília representa parte de minha história. Nascida e criada aqui, pude viver experiências incríveis, momentos difíceis e de grandes conquistas mas que me tornaram a mulher que sou hoje. Sou orgulhosa de ser filha de Brasília!
Por que você resolveu se candidatar à Câmara Legislativa?
Trabalhei há 12 anos na política, ajudei a eleger muitos candidatos. Hoje acompanho minha comunidade e vejo que Brasília necessita de pessoas novas que buscam a transformação. Fui usuária do SUS e minha família ainda é, então vivo a situação que a saúde se encontra.
Na pandemia, quando entrei no hospital privado, pude vivenciar de perto a dor de muitas pessoas e famílias. Mas estive sempre lado a lado acolhendo a dor e exaustão dos profissionais de saúde, colaboradores da recepção, limpeza, que largavam suas famílias em casa, sem saber se voltaria, arriscando as suas vidas para salvar a vida de outras pessoas.
O que mais me doía era ver esses profissionais sendo completamente desvalorizados, tendo que trabalhar como máquinas, mas sempre dando o seu melhor. Fora isso, acompanhei muitas pessoas durante a pandemia que passaram fome, vendo aqui eu não poderia ser inerte, isso me deu mais garra e então continuei lutando ainda mais pela comunidade, pelos menos favorecidos, dependentes químicos, mulheres que sofrem violência, e sempre acolhendo as pessoas com depressão, levando oração e sem fazer distinção de pessoas!
Aqueles que vem até a mim não tenho direito de julgar e condenar, apenas amar e acolher. Ao vivenciar tanto descaso e sofrimento, resolvi colocar o meu nome à disposição, pois eu não tenho dúvidas que posso fazer a diferença aonde eu passar e chegando na CLDF irei trabalhar incansavelmente pela população de Brasília e entorno.
Quais as suas principais bandeiras e qual a sua ligação com esses temas?
Tenho buscado ouvir a comunidade e o que a população mais pede. Nas minhas caminhadas e conversas vejo que uma das principais necessidade é a saúde, talvez possa parecer clichê, várias pessoas dizendo que vão lutar pela saúde do DF.
Entendo que pode ser um desafio, mas quero correr atrás de melhorar a saúde para a população do DF, além disso quero lutar pela valorização desses profissionais de saúde que atuam dentro dos hospitais públicos e privados, buscando melhores condições de trabalho, pois eu vivenciei até poucos dias o que é depender do hospital público quando fui levar a minha filha ao hospital. Eu sei o que é ficar 9 horas aguardando um atendimento médico em uma cadeira dura, também vivenciei dentro de um hospital privado o que é você trabalhar dia e noite e ser desvalorizado e não ter condições de trabalho.
Tenho visitado casas de recuperação de dependentes químicos, outra bandeira é atuar junto às casas de recuperação para amenizar o sofrimento dos internos e de suas famílias que sofrem tanto com essa situação. E lutar por melhorias dentro da área Norte do DF, principalmente a Fercal. Quero lutar por uma UPA, escola de segundo grau e, se preciso for, destinar emendas parlamentares e correr atrás de benefícios para essas comunidades.
Como missionária evangélica, o que você pretende fazer pela a comunidade cristã e evangélica?
Quero firmar grande apoio para atividades sociais, não só as igrejas evangélicas, mas as igrejas que atuam no trabalho social, pretendo fortalecer esses projetos e ampliar para as comunidades que possam contribuir na capacitação dos jovens e diminuir o desemprego, e sempre aberta a sugestões.
Como você avalia atuais representantes da CLDF? O que faria de diferente? Qual legado você pretende deixar por lá?
Percebo que a visão dos atuais representantes é muito limitada, tem dificuldades na realidade de investir na população do DF, se faz muitas promessas e quase nada se cumpre. O gabinete na maioria das vezes não se engloba o povo, muitas pessoas têm dificuldade de acesso a alguns parlamentares.
Há também falta de acompanhamento das verbas destinadas aos setores que beneficiam a população, principalmente a saúde. Quero firmar compromisso de visitar os hospitais, e vivenciar mais de perto a necessidade da população.
O meu legado será de realmente escutar a população e o que tiver ao meu alcance eu lutarei até o meu último dia de mandato para ver a população bem assistida. Não quero ser mais uma representante, quero ser a representante que faz a diferença no DF.
Qual a mensagem que você quer deixar aos eleitores do DF?
Quero dizer que não é fácil estar aqui me colocando à disposição em busca de um DF melhor. O desafio é grande, mas digo que por onde eu passar, quero fazer a diferença. Anseio buscar grandes conquistas por Brasília e todos que aqui convivem.
Peço que pesquisem a vida dos candidatos, conheçam as suas propostas e cobrem resultados. Dê o seu voto para pessoas novas, precisamos renovar, precisamos dar lugar para mais mulheres na nossa representatividade, dar oportunidade para pessoas que têm essência e história para acrescentar em nossa cidade.
Estou à disposição para conversar, escutar e lutar pelas necessidade da nossa amada capital.