Nesta quinta-feira (13), é celebrado o Dia Mundial do Rim, data criada em 2006 para conscientizar a população sobre a importância desse órgão vital e incentivar medidas de prevenção a doenças renais. No ano passado, a rede de atenção especializada da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) registrou 2,1 mil autorizações de internação para pacientes com diagnóstico de doença renal crônica (DRC), abrangendo desde atendimentos de urgência até transplantes de rim.
A campanha é uma iniciativa internacional, e o tema deste ano é “Seus rins estão ok? Faça exame de creatinina para saber”. A Referência Técnica Distrital (RTD) e colaboradora em Nefrologia da SES-DF, Iara Carvalho, explica as principais causas das doenças renais. “A DRC pode ser causada por diversos fatores, como diabetes mellitus, hipertensão arterial, doenças renais preexistentes – como glomerulonefrite e pielonefrite –, obesidade e uso de anti-inflamatórios sem prescrição médica”, afirma.

O tema do Dia Mundial do Rim de 2025 é “Seus rins estão ok? Faça exame de creatinina para saber” | Foto: Ualisson Noronha/Agência Saúde-DF
Para a especialista, as principais medidas de prevenção da doença renal crônica incluem o controle da pressão arterial e da glicemia no sangue, a manutenção de uma alimentação saudável, a prática regular de exercícios físicos e uma hidratação adequada. Ela também enfatiza a importância de consultas médicas regulares e da realização de exames preventivos para avaliar a função renal, como o exame de creatinina.
“A creatinina é um resíduo produzido pela quebra da creatina, substância envolvida na produção de energia nos músculos. Quando os rins estão funcionando adequadamente, eles filtram a creatinina do sangue e a excretam na urina. O exame permite avaliar se os órgãos estão desempenhando essa função de forma eficiente, pois níveis elevados desse resíduo podem indicar problemas renais”, explica Iara Carvalho.

Arte: Agência Saúde-DF
Caso necessário, o exame pode ser realizado na Unidade Básica de Saúde (UBS) de referência do usuário. Para localizar a UBS mais próxima, acesse aqui.
Doença silenciosa
O autônomo Jovemário dos Santos, 58 anos, faz tratamento de hemodiálise há dois anos no Hospital Regional de Taguatinga (HRT). O procedimento auxilia na remoção de impurezas do sangue por meio de uma máquina acoplada ao sistema circulatório do paciente. Ele relata que, na maior parte do tempo, a DRC quase não apresenta sintomas. “Eu já nasci com uma deficiência nos rins – comecei o tratamento em 2013, mas entrei na diálise em 2022 –, então sempre tive consciência dos sintomas”, diz.
Segundo o paciente, a hemodiálise se tornou necessária quando seu quadro de saúde se agravou. “Eu comecei a me sentir muito cansado, com mal-estar e fraqueza. Cheguei a ficar dois meses internado”, conta. Além desses sinais, a DRC pode causar sintomas como inchaço pelo corpo (especialmente nas pernas), enjoo, perda de apetite e falta de ar.
Atualmente em tratamento, Jovemário afirma que tem lidado bem com a doença graças à sua disciplina. “Cerca de 80% do tratamento depende da alimentação. Fiquei hipertenso aos 40 anos e, desde então, melhorei minha dieta. Hoje, mantenho as mesmas medidas de quando comecei a hemodiálise, dois anos atrás”, diz, orgulhoso.
*Com informações da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF)