Nos bastidores da disputa pela presidência da OAB-DF, o grupo das “esquerdas” está dividido. Os advogados de perfil mais progressista e alinhados com os ideais lulistas, Renata Amaral e Cleber Lopes, disputarão os votos dos cerca de 30% de eleitores esquerdistas (com base em pesquisas eleitorais e no resultado das eleições de 2022).
A cisão entre as esquerdas pode favorecer os adversários, influenciando o resultado do pleito a ser disputado no próximo mês de novembro, repetindo o que ocorreu com Leandro Grass (PV, PT e PC do B) em sua disputa contra Ibaneis Rocha (MDB), reeleito em primeiro turno para o Palácio do Buriti.
Embora possuam perfis distintos — Cleber representando uma esquerda mais moderada e Renata defensora do pensamento marxista — ambos competem pelo eleitorado socialista e comunista, que tem menos força entre os eleitores da OAB-DF.
Cabe ressaltar que o modelo de paixão política da esquerda é bem conhecido dentro do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, onde Beto Simonetti tem sido criticado consecutivamente por seus representados, por supostamente negligenciar a defesa das prerrogativas da advocacia, especialmente em relação a possíveis entendimentos controversos de ministros do Supremo Tribunal Federal, onde o Estatuto da Advocacia (Lei n° 8.906/94) é visivelmente desrespeitado.
Na contramão, a advocacia clama por socorro, enquanto vê seus direitos serem dissolvidos, colocando em risco não só a carreira, mas a defesa dos interesses da sociedade.