Nota Crítica sobre o Atendimento no Hospital Home – Brasília/DF

É alarmante o cenário enfrentado por muitos pacientes no Hospital Home, situado na SGAS Quadra 613 – Conjunto C – Asa Sul, Brasília – DF. Relatos frequentes indicam que o atendimento não tem conseguido garantir dignidade e cuidado, especialmente para os idosos, que muitas vezes, ao chegarem sozinhos, ficam desorientados e abandonados nos corredores, à mercê da sorte.

Mesmo para procedimentos simples, como a troca de curativos, os pacientes enfrentam longas esperas em locais inadequados, sem conforto, privacidade ou qualquer sinal de atenção humanizada. O ambiente, que deveria oferecer acolhimento e segurança, transforma-se em um espaço de desconforto e frustração.

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A desorganização operacional é evidente. Em vez de um fluxo eficiente e coordenado, observa-se um verdadeiro “jogo de empurra” entre atendentes e setores, revelando não apenas a falta de preparo técnico, mas também a ausência de empatia por parte de alguns profissionais. Um exemplo disso é o caso de uma paciente que, após uma cirurgia, procurou atendimento na emergência devido a dores intensas. O descaso foi tão grande que uma técnica de enfermagem afirmou: “aqui não é lugar para trocar curativos”. Apesar de informar sobre suas fortes dores, quando o médico chegou, foi constatada uma infecção grave. Mesmo assim, a falta de atenção persistiu, e a paciente teve que fechar o acesso ao soro e aguardar cerca de 40 minutos até que alguém da enfermagem fosse retirar o acesso.

Essa postura é inaceitável em qualquer unidade de saúde, especialmente em um hospital de referência na área de ortopedia, que atende, em sua maioria, pacientes de convênios médicos. É fundamental ressaltar que a qualidade do serviço hospitalar não deve ser avaliada apenas pela estrutura física ou pela especialização clínica. A essência do cuidado em saúde reside na humanização do atendimento e no respeito ao paciente, valores que, infelizmente, têm sido negligenciados no Hospital Home.

Reforçamos que a precariedade não é exclusividade da rede pública. Observa-se que até instituições privadas, que deveriam priorizar a excelência e o respeito no atendimento, têm apresentado falhas graves, muitas vezes piores do que as vivenciadas no SUS.

Diante disso, é urgente que a administração do hospital tome medidas concretas para reestruturar os processos internos, capacitar suas equipes e, principalmente, adotar uma postura mais humana e eficiente no atendimento ao público. Saúde é um direito, e oferecer um atendimento digno é uma obrigação — e não um favor.

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