Poli e o Afastamento que Não Aconteceu: O Uso da Máquina na Campanha

Paulo Maurício Siqueira, candidato à presidência da OAB-DF, enfrenta uma nova polêmica em sua trajetória. Durante a entrevista ao portal Metrópoles, ele declarou, em tom confiante, que havia se afastado integralmente do cargo de secretário-geral da OAB-DF desde o dia 14 de outubro. Contudo, documentos assinados por ele, mesmo após essa data, lançam uma sombra sobre sua conduta.

 

- Publicidade -

Poli tenta justificar essas assinaturas alegando que seriam “atos administrativos simples”, previamente realizados, ou resultado de meros processos automáticos. No entanto, o que se espera de alguém que almeja o cargo mais alto da seccional é um distanciamento claro e absoluto de suas funções administrativas durante o período de campanha, para evitar qualquer suspeita de uso indevido da máquina.

 

A contradição entre discurso e prática é clara. Enquanto defende, com vigor, uma OAB para todos, com igualdade de oportunidades, sua própria conduta no processo eleitoral deixa dúvidas sobre sua real disposição em cumprir essa promessa. Se nem mesmo o afastamento formal de suas funções foi respeitado de maneira transparente, o que esperar de sua postura diante de outros compromissos mais complexos, caso seja eleito?

 

O uso da máquina pública, ainda que minimizado por Poli, pode ser interpretado como uma forma de manter a vantagem sobre seus concorrentes, utilizando-se de um cargo que, oficialmente, ele já deveria ter deixado para trás. Isso coloca em xeque sua capacidade de promover uma gestão ética e imparcial na OAB-DF.

Clique: diario-eletronico-oab-23-10-2024

Comentários

Últimas