Futuro de Marli Rodrigues nas mãos da Justiça do Trabalho

Investigada pelo desvio de R$ 14 milhões da entidade, presidente afastada do SindSaúde tenta, na Justiça, anular assembleia e manter-se no cargo

Com cartazes na mão e gritos de ordem, filiados ao Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde de Brasília (SindSaúde) se reuniram na manhã desta terça-feira (03), em frente ao prédio da 9ª Vara da Justiça do Trabalho. O grupo pediu a confirmação pela Justiça do resultado da assembleia que destituiu a dirigente do cargo e elegeu um comando provisório para a entidade.

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Em Assembleia Geral Extraordinária (AGE), os associados ao sindicato decidiram pelo afastamento imediato de Marli. Uma diretoria provisória foi eleita para conduzir o SindSaúde até que sejam realizadas novas eleições. Após resultado desfavorável, Marli ingressou na justiça pedindo a anulação da assembleia. A audiência de ontem terá como objetivo instruir o processo.

Marli é investigada por furto qualificado. Segundo denúncia oferecida pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), a presidente afastada teria deixado de repassar cerca de R$ 14 milhões provenientes da venda de precatórios entre os sindicalizados. Em 2012, um total de 19 dirigentes teriam aprovado a venda de títulos sem consultar os associados à entidade.

Everardo Gueiros, advogado do grupo que pede o afastamento de Marli, acredita que a justiça será feita. “Nós confiamos na Justiça do Trabalho e que será comprovada a legalidade da AGE quanto da eleição que escolheu a diretoria provisória para a entidade. É preciso restabelecer a ordem no SindSaúde para que os sindicalizados deixem de ter prejuízo”, afirmou.

Foram ouvidas testemunhas e as partes deverão apresentar as alegações finais, para que o magistrado possa proferir sua decisão sobre a validade da AGE.

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