
Entre os dias 16 e 23 de agosto, uma enquete realizada com 359 participantes por nosso blog, revelou um cenário altamente fragmentado sobre quem deve representar o Distrito Federal no Senado. Leila do Vôlei (PDT) aparece na dianteira com 24,7% das intenções, seguida de perto por Michele Bolsonaro (PL), com 22,7%, e o governador Ibaneis Rocha (MDB), com 22,1%.
O resultado indica uma disputa acirrada, sem favoritismo consolidado, e destaca o fortalecimento de Michele Bolsonaro como nome competitivo dentro da direita brasiliense. Em contraste, a deputada Bia Kicis (PL) obteve apenas 8,4%, ficando atrás até mesmo do desembargador Sebastião Coelho (11,6%) e da petista Erika Kokay (10,4%).
A pesquisa, embora não tenha valor científico, oferece um termômetro interessante das preferências políticas no DF e sinaliza que a corrida ao Senado em 2026 promete fortes emoções.
📊 Resumo dos Resultados
Candidato | Votos | % |
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Leila do Vôlei (PDT) | 123 | 24,7% |
Michele Bolsonaro (PL) | 113 | 22,7% |
Ibaneis Rocha (MDB) | 110 | 22,1% |
Des. Sebastião Coelho (sem partido) | 58 | 11,6% |
Erika Kokay (PT) | 52 | 10,4% |
Bia Kicis (PL) | 42 | 8,4% |
Total de votos | 359 | 100% |
Análise Detalhada
🔹 1. Leila do Vôlei (PDT) – 24,7%
Leila lidera a enquete com 123 votos, representando quase um quarto do total. Isso sugere:
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Popularidade pessoal: Ela ainda colhe frutos de sua carreira no vôlei e da atuação política relativamente moderada.
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Aprovação do mandato: Como atual senadora, pode estar sendo avaliada positivamente pelo eleitorado.
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Apelo ao centro: Em um cenário polarizado, ela pode atrair eleitores de centro e indecisos.
🔹 2. Michele Bolsonaro (PL) – 22,7%
Com 113 votos, Michele mostra força eleitoral mesmo sem mandato político anterior:
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Capital político herdado: Sua ligação direta com Jair Bolsonaro é seu maior ativo.
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Mobilização da direita: Boa parte da base bolsonarista do DF parece engajada.
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Competição interna no PL: O bom desempenho de Michele coloca pressão sobre Bia Kicis, também do PL.
🔹 3. Ibaneis Rocha (MDB) – 22,1%
O governador aparece com 110 votos, muito próximo de Michele:
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Reconhecimento de nome: Ibaneis é figura conhecida no DF e tem alto capital político.
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Polarização do eleitorado: Pode ter votos tanto do centro quanto de setores conservadores.
🔹 4. Sebastião Coelho – 11,6%
Com 58 votos, o desembargador mostra um desempenho significativo para um nome menos tradicional:
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Capital conservador e antipolítica: Pode estar atraindo eleitores à direita que não querem políticos tradicionais.
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Projeção em redes: Tem se posicionado ativamente em pautas polêmicas, o que o torna conhecido em nichos.
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Possível terceira via da direita: Pode dividir votos com Michele e Bia Kicis.
🔹 5. Erika Kokay (PT) – 10,4%
Com 52 votos, a deputada do PT mostra uma base consolidada, porém limitada:
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Força na esquerda: Representa o campo progressista e tem forte presença no DF.
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Voto ideológico: O percentual é compatível com o núcleo duro petista no Distrito Federal.
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Desafios de crescimento: A polarização e o antipetismo limitam sua expansão fora da bolha.
🔹 6. Bia Kicis (PL) – 8,4%
Com 42 votos, Bia tem o pior desempenho entre os nomes mais conhecidos:
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Concorrência direta com Michele Bolsonaro: Ambas disputam a mesma base ideológica.
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Desgaste de imagem: Sua atuação mais radical pode ter reduzido seu apelo popular.
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Risco de exclusão: Se o PL tiver que escolher um nome, Michele parece liderar internamente.
🔍 Implicações Políticas
1. Cenário Fragmentado
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A liderança de Leila indica pouco mais de 1/4 dos votos, entre os nomes apresentados.
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Os três primeiros colocados estão tecnicamente empatados dentro da margem de erro de uma enquete informal.
2. Disputa interna no PL
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Com Michele em alta e Bia em baixa, o partido precisará definir quem será a candidata sem dividir a base bolsonarista.
3. Potencial de aliança
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Como eleição envolve mais de uma vaga, alianças entre centro e centro-direita (Ibaneis, Leila, Sebastião) podem ser determinantes.
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Erika Kokay precisaria ampliar para além da base progressista para ser competitiva.
📌 Conclusão
A enquete mostra um cenário aberto, competitivo e com múltiplos polos de influência. Os três primeiros colocados — Leila do Vôlei, Michele Bolsonaro e Ibaneis Rocha — concentram quase 70% dos votos, mas nenhum domina o cenário.
Os dados indicam que a eleição para o Senado no DF em 2026 tende a ser bastante disputada, e a movimentação nos próximos meses — alianças, desistências e apoios — será decisiva.