Em meio à disputa pela presidência da OAB-DF, Cléber Lopes enfrenta um dilema que reflete sua própria visão de grandeza, marcada por cifras e narcisismo: renunciar à vaidade ou à candidatura. Para alguém que se autodenomina a “terceira maior banca de advocacia do Distrito Federal” — um título que parece ser reconhecido apenas por ele —, o verdadeiro desafio é aceitar que esta eleição pode não ceder aos milhões investidos em sua campanha.
Curiosamente, até mesmo Kakay, conhecido por seu gosto pela ostentação, não sente a necessidade de exibir suas qualidades. Bons advogados permitem que suas realizações falem por si, sem necessidade de autopromoção. Em contraste, Cléber mantém um discurso que se assemelha mais a uma campanha de marketing pessoal do que a um compromisso genuíno com a classe.
Se perder, a derrota de Cléber não será apenas uma questão de vaidade ferida, mas também um reflexo de um investimento milionário que não conseguiu garantir a representatividade que ele tanto deseja. Essa pode ser uma oportunidade para ele perceber que, ao contrário do que investe, o respeito na advocacia não se compra — se conquista.