Ministro Gilmar Mendes suspende inquérito que envolve presidente da Câmara, Arthur Lira

Josiel Ferreira

Decisão de Gilmar Mendes suspende inquérito sobre desvios de recursos do FNDE envolvendo Arthur Lira até decisão do STF

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu suspender o inquérito da Polícia Federal que citava o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), em relação a supostos desvios de recursos do Fundo Nacional para Desenvolvimento da Educação (FNDE) destinados à aquisição de kits de robótica. A decisão foi proferida nesta quinta-feira e determina a paralisação completa do caso até que o STF julgue, após o retorno do recesso em agosto, se a investigação deve ser anulada por suspeita de violação ao foro privilegiado de Lira.

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A ação foi acolhida pelo ministro Gilmar Mendes após ser protocolada pelos advogados Pierpaolo Bottini, Igor Tamasauskas e Thiago Wender Ferreira. A defesa argumentou que o inquérito aberto na primeira instância da Justiça Federal de Alagoas era irregular desde o início, pois tinha como objetivo investigar o presidente da Câmara, que possui foro privilegiado.

 

No mês passado, a Polícia Federal solicitou o envio do caso ao STF após encontrar anotações relacionadas a despesas de Arthur Lira com seu ex-assessor, Luciano Cavalcante, e um motorista. A 2ª Vara Federal de Alagoas acatou o pedido na quarta-feira, determinando o encaminhamento dos autos para que a investigação continuasse no STF. A PF estava apurando suspeitas de desvios em contratos de prefeituras de Alagoas para aquisição de kits de robótica com recursos do FNDE, mas o nome de Lira não havia sido mencionado na investigação até aquele momento. A defesa de Arthur Lira argumentou que as reportagens da “Folha de S.Paulo” que originaram a investigação já mencionavam o nome do presidente da Câmara desde o início, o que, segundo eles, deveria ter levado o caso a tramitar no STF.

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