
Rogério Morro da Cruz de saída

Fontes ligadas ao deputado Rogério Morro da Cruz afirmam que sua permanência no PRD se tornou insustentável. O motivo? A legenda declarou apoio ao pré-candidato ao GDF Arruda, movimento que não agradou ao parlamentar nem ao seu grupo político. A expectativa é que Rogério desembarque oficialmente do partido nos próximos dias.
Com a adesão do PRD ao projeto de Arruda — que se filiou ontem (15) ao PSD — o tabuleiro político começa a ganhar novos contornos. O pré-candidato já soma quatro partidos em sua base: PRD, PSD, Avante e ainda parte do PL.
Diante desse cenário, Rogério Morro da Cruz e seu grupo devem seguir alinhados com a atual gestão palaciana, que tem como principal liderança o governador Ibaneis Rocha (MDB). A política do DF segue em ebulição — e ainda estamos longe do ponto de fervura máxima.
Políticos x Cana: mistura perigosa

Em tempos de eleição, parece que vale tudo. Até político evangélico subindo em palco para cantar. Fica a dica: não adianta ir à igreja aos domingos e, nos bastidores, marcar presença no “bate-estaca” ou em festinhas noturnas regadas a cerveja, vinho e embaladas pela madrugada.
Todo cuidado é pouco. Se beber, não saia de casa. E se sair, lembre-se: o que se faz na escuridão pode aparecer na luz — e aparecer rápido. A cadeira mais cobiçada do DF está em jogo e, depois da cerveja derramada, não há pano que dê jeito.
Ameaçar jornalista é condenação antecipada

Vários jornalistas têm recebido ligações e recados com ameaças de que serão processados, que poderão enfrentar problemas e retaliações caso não agradem àqueles que detêm mandato. É preciso deixar claro: a função do jornalista é divulgar fatos reais, doa a quem doer. Quem divulga apenas notícias institucionais é assessor de comunicação — e esse não é o papel dos portais de notícias independentes, que têm o compromisso de informar a população sem submissão a interesses políticos.
Ameaçar jornalista é tentativa de intimidação e condenação antecipada. Trata-se de um ataque direto à liberdade de imprensa e, consequentemente, à democracia, direito assegurado pela Constituição. Quando agentes públicos usam o cargo para pressionar ou silenciar profissionais da comunicação, não atacam apenas um jornalista, mas o direito coletivo da sociedade à informação.
Como diz o ditado: “O advogado espera o fato para processar; o delegado investiga; o juiz julga e absolve ou condena.”
Já o jornalista, quando provocado ou ameaçado, consegue fazer tudo isso com uma caneta — e em poucos minutos. E em tempos de redes sociais, a informação corre muito mais rápido do que qualquer versão mal contada ou tentativa de controle narrativo.
Ameaçar jornalista não resolve, só piora. Quem opta pela intimidação escolhe o pior caminho, pois transforma uma crítica pontual em um debate público amplo. O diálogo, a transparência e a prestação de contas ainda são as únicas respostas aceitáveis de quem ocupa cargo público.
Fica o alerta aos políticos do Distrito Federal: grande parte dos jornalistas é formada, experiente e não trabalha sob intimidação. Mandato não é escudo contra questionamentos, nem instrumento para impor silêncio. O jornalismo não se curva a interesses pessoais ou políticos. Silenciar vozes críticas nunca foi e nunca será sinal de força — é demonstração de fragilidade.
Nossa equipe se solidariza com todos os jornalistas, que vem realizando um excelente trabalho na divulgação de notícias nas redes sociais, exercendo o jornalismo com responsabilidade, independência e coragem.


