Secretário de Estado da Saúde presta contas ao Parlamento


No encontro, o secretário também apresentou números referentes a novas unidades hospitalares em Goiás. Segundo o relatório, com um ano de funcionamento, o Hospital Estadual Ronaldo Ramos Caiado Filho, em Águas Lindas de Goiás, realizou mais de 200 mil atendimentos à população do Entorno do Distrito Federal (DF). O valor investido na unidade de saúde, que conta com 164 leitos, 40 unidades de terapia intensiva (UTIs) e 22 consultórios, foi de R$ 157 milhões.

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Já o Complexo Oncológico de Referência do Estado de Goiás (Cora), dedicado ao tratamento do câncer infantojuvenil, registrou no período de três meses de funcionamento: 119 casos atendidos; 81 casos diagnosticados; 146 internações em enfermaria; 35 admissões em UTI; 225 cirurgias realizadas, sendo 18 de grande porte e 19 neurocirurgias; 526 consultas médicas; 926 consultas multi; 104 sessões de quimioterapia; e 853 manipulação de quimioterápicos.

Manifestações parlamentares

 

Após a apresentação dos dados, os deputados fizeram questionamentos ao titular da pasta da Saúde. Antônio Gomide (PT), Delegado Eduardo Prado (PL), Bia de Lima (PT), Alessandro Moreira (PP), Wilde Cambão (PSD), Rosângela Rezende (Agir), Cristóvão Tormin (PRD), o presidente da Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego), Bruno Peixoto (UB), e o líder do Governo na Casa, Talles Barreto (UB), se manifestaram.

Bia de Lima afirmou que a situação da saúde em Goiás tem melhorado, em especial quanto à estrutura no interior, mas criticou o modelo de gestão adotado pelo Executivo. O maior desafio, ponderou, seria ter “mais médicos e atendimentos com qualidade”. A parlamentar acrescentou que “entregar a saúde para as OSSs [organizações sociais de saúde] não é a saída para isso”.

 

Colega de partido de Bia de Lima e também crítico das OSSs, Antônio Gomide perguntou sobre o valor repassado pela Saúde a essas organizações. Rasivel respondeu que o gasto é de R$ 2,5 bilhões da verba de R$ 4,8 bilhões da pasta. Tais números, acrescentou, são acessíveis ao público no Portal da Transparência e monitorados por instituições como o Ministério Público do Estado de Goiás (MPGO) e o Tribunal de Contas do Estado de Goiás (TCE-GO).

 

O secretário também disse aos deputados que faltava a devida contrapartida do Governo Federal em termos de verbas destinadas a Goiás.

O presidente Bruno Peixoto, por sua vez, elogiou a descentralização da Saúde promovida pelo governador Ronaldo Caiado (UB), elencando a abertura de hospitais em Uruaçu, Águas Lindas e Luziânia. O de Formosa, disse ainda, deve passar a funcionar no início de 2026.

 

Na sequência, Alessandro Moreira falou das melhorias da saúde no nordeste goiano, afirmando que os pacientes da região agora precisam ir menos a Brasília. Além da abertura do hospital em Formosa, destacou a autorização do início de obras de uma policlínica em Campos Belos.

Já Wilde Cambão pontuou que a principal avaliação da saúde parte das pessoas, e o sentimento dos goianos seria o de que ela melhorou. Profissionais da área que atuam tanto no Distrito Federal quanto em Goiás, disse, hoje preferem trabalhar nesse último.

 

Rosângela Rezende e Cristóvão Tormin também fizeram elogios aos trabalhos da pasta na atual administração estadual. Assim como Peixoto, Talles Barreto destacou os benefícios da regionalização da Saúde.

 

Em contraste, o deputado Delegado Eduardo Prado fez várias ponderações: questionou, por exemplo, a permanência de uma demanda não atendida de vagas em UTIs e a falta de otorrinos de plantão nos 246 municípios goianos, o que implicaria falta de médicos para atender casos como engasgos.

 

O secretário respondeu que as demandas por UTIs passam, entre outros pontos, pela avaliação do encaminhamento feito por médicos para essas unidades, uma vez que há casos em que tal direcionamento não seria necessário. Quanto aos otorrinos, Rasivel disse haver serviço de urgência com esses profissionais no Hugo e que outros médicos são treinados e aptos para lidar com situações de engasgo.

 

Prado quis saber, ainda, se seria verdade que o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta “comanda as OSSs no Estado de Goiás”. Rasivel dos Reis disse conhecer Mandetta, mas afirmou que o ex-ministro “não tem nenhum tipo de vínculo com qualquer organização social” no Estado.



FONTE GOVERNO DE GOIÁS

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